Imagem do KAOS
Há uma expressão tipicamente portuguesa, que não foi afetada pelo Accordo Ortográphico, que reza "andar a chover no molhado". Falar do "Freeport" encaixava, de modo incómodo, nisso. A verdade é que eu tive realmente medo de que o "Freeport" fosse fechado, demolido -- ocultação de provas, tal como na "Independete" -- e eu tinha mesmo um cinto da Levis que queria comprar lá. Sim, jubilai, ó crentes: encontrei-o, e ainda encontrei um outro, muito bonito, e barato, da Lois, marca que, infelizmente, irá, em breve, fazer parte das nossas memórias de tempos mais felizes e libertos: o "Freeport" está cheio disso, ao preço da vulva mijona, e convém comprar, porque, de aqui a meia dúzia de meses, serão peças de coleção.
Hoje estava particularmente chateado com a morte daquela miúda, super bonita, a Mariana Bridi, mas já os Antigos diziam, e Pessoa repetiu, "cedo morrem aqueles que os deuses amam".
Foi pena, e vejam aqui um fragmento de beleza pura, que se foi aos 20 anos...
Dá vontade de chorar.
Nas vizinhanças do "Freeport" pensei que iria gozar de calma: havia a praga do Futebol, para entreter a ralé, e evitar em pensar nos epicentros dos novos sismos desta desgraça nacional, mas a verdade é que me esqueci de que estava no país em que estava: o "Freeport", às moscas, desde há meses, estava hoje em plena hora de ponta. Dir-se-ia que tinha acabado de ser inaugurado, e imediatamente fiquei boqueaberto.
Tudo o resto é do domínio da hipótese, mas reservo-me o direito de as emitir: o Português, mal cheira mal, tem tendência para se aproximar, coisa que, eventualmente, seria de sinal oposto, nas sociedades avançadas, ou seja, com a aura de desconfiança instalada, talvez fosse, neste meu humilde pensar de dona de casa, de esperar que as pessoas evitassem um lugar duvidoso, como o "Freeport". Na verdade, não, e quiseram estar BEM ALI, no olho do furacão, muitas delas, com ar de quem lá tinha ido pela primeira vez, poucos compradores, uma multidão de "mirones" e uns outros quantos, típicos, os estupores canónicos, com ar de "ver quem também lá estava". Tudo isto é deprimente, e eu passei para a versão intermédia, que foi "vieram cá, na esperança de fazerem o típico número do "emplastro": de aqui a pouco aparece a SIC ou a TVI, e nós aparecemos, nas traseiras da imagem, a acenar para os basbaques que estão lá em casa..."
A versão final, mais erudita, talvez não andasse longe da minha, e vou adotá-la, para poder ir dormir mais descansado: a enchente deveu-se à vontade de fazer compras num local que, subitamente, poderia ser interditado, no meio das crises coléricas da "Mulher" com Fatos Boss, vingativa, raivosa e cobarde, tal como fez com a "Independente", desta feita, de moto próprio, sem a intervenção do Mariano, aliás, "Mariana", como é carinhosamente tratado na Comunidade "Gay" Portuguesa.
Portanto, trouxe dois cintos, e um polo "Chevignon", porque convem gastar, para salvar o máximo de postos de trabalho possível. Gastar é hoje um dever cívico, e poupar um crime que se comete contra a Aldeia Global, portanto vamos já ao dever cívico.
O "Freeport" é apenas a ponta de um icebergue: a segurança com que a Felgueiras andava e desandava, entre Lisboa e a as favelas do Rio, para onde fugiu, indiciava um grau de solidez numa hierarquia-sombra que cada vez mais se desvela. Era-lhe óbvio, como agora nos começa a ser, que ela era muito importante, para a máquina de financiamento do P.S., e era, de facto, tal como Sócrates e Vara, os tutores do Grande Saco Azul, que pagou a instalação da Camorra de Estado em que estamos imersos. De aí a sua soberba, a sua arrogância e o ar seguro da sua impunidade: no dia em que patinarem, fecha-se a torneira dos fundos, e haverá bocas no trombone que farão cair carmo e trindade.
A grande novidade é descobrirmos que havia uma espécie de Clã Sócrates, que veio substituir a versão anterior do Cã Soares, só que, desta feita, pelo ar reles e os gostos de rés-do-chão, são um autêntico corropio de figuras de Kusturika, a usar fatos caros, Boss e Armani, que, em nada, mas mesmo nada, lhes ocultam os fácies atávicos de merceeiros e taberneiros lusitanos.
A coisa, aliás, está tão instalada, e esta é nova, e boa para os jornalistas investigarem -- não me pergumtem as fontes, são fidedignas... -- , parece que o gajo que está assentado no posto de Secretário de Estado da Justiça, e, ou é um tal de Conde Rodrigues, ou o seu parceiro, Tiago Silveira -- nunca lhes vi as fuças, e baralho os nomes todos... -- e parece que já está, muito ligeirinho, habituado a pôr fatias de 50 000 € de "luvas" (40 000 vão para uma "tal conta", e o resto não...), de cada vez que exerce negócios e tráfico de influências.
O tema não me interessa: prefiro os meus cintos, mas talvez venha a agradar a alguém, e espero bem que sim.
São pequenas gotas de água, mas, unidas, fazem verdadeiros Oceanos.
De Corrrupção.
Era bom que agradasse: apesar do cheiro velho, sempre é peixe fresco...
(Sonata para Flauta e Cítara, no "Arrebenta-SOL" e em "The Braganza Mothers" )
1 commentaires:
Eu bem dizia que 2009 ia ser um ano divertidíssimo!
Enviar um comentário