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terça-feira, 7 de outubro de 2008

Das Botas de Sarah Palin aos Chapéus de Chuva de Cherburgo

Neste blogue praticam-se a Liberdade e o Direito de Expressão próprios das Sociedades Avançadas
Imagem do KAOS
Acho que não vou exagerar, se afirmar que o facto mais relevante, a nível mundial, foi o aparecimento das botas de Sarah Palin. Sarah Palin está a crescer, e isso é saudável: começou por nos ser apresentada como uma mãe desgraçada, daquelas de rendimento mínimo, da Outurela, com uma filha de 17 anos, prenha -- isto agora é um "supônhamos" racista -- de um preto, daqueles de rastas, que roubam as velhas na Carreira 50, e depois enfiam o malho na branca, para sentirem que são poderosos. Tanto enfiou o malho que emprenhou a filha da futura Presidente dos Estados Unidos da América, mal o McCain tenha o AVC e fique com a boca ao lado, como o Cavaco, no célebre dia do "Ataque".
Mas tudo isso agora são trocos: a outra está madura, boazona, a lasca do Alaska, e começou a perceber que o corpo tem um valor mais do que importante, nesta farsa das Eleições, depois de esgotada a Política. Não é por acaso que os U.S.A. já tiveram um canastrão como Presidente, e têm agora como Governador da Califórnia uma aberração dos anabolisantes, que começou a sua carreira como actor de filmes pornográficos e acompanhante de cavalheiros, e é agora puritano, e amigado com uma Kennedy. Como diria a Maria João Avillez, com a sua voz de bagaço, "não há como os anos para fazer de nós todas sérias..."
A novidade é que a Palin não está em fim de carreira: começou como Miss Alaska, e vai agora, em forma de lasca, a caminho da Presidência do Estado mais estapafúrdio do Novo Mundo.
Hoje, ou ontem, ou quando foi, insultou directamente o monhé da dentuça branca, e acusou-o de, aos 8 anos, já se dar com terroristas. Eu, por acaso, também me dava, e bem sei os estragos que isso pode provocar na idade adulta, pelo que acho que ela fez bem em denunciar atempadamente o caso...
No entanto, tudo isso são trocos, porque, mal toureou o Tisnado, virou as costas, e mostrou uma garupa, do ai-jesus-comia-te-toda, e isso é que é, de facto, o tema central do discurso político de Sarah Palin: ela pode dizer as maiores barbaridades, que o público apreciador não consegue descolar os olhos das curvas, mas o "must" do "must" foram mesmo as botas dela.
Eu, ingénuo viajante do imaginário alheio, só me lembro de ver uma coisa daquelas nas montras de Pigalle, mas, conhecendo a Palin como conheço, o brinquedo deve ter custado os olhos da cara, e ter sido feito por encomenda numa das lojas mais caras da Quinta Avenida. Gravíssimo era que lhe assentavam bem, e ela mexia a garupa como se as não tivesse calçadas, o que demonstrava que aquele meneio das ancas não era de uma puritana, como querem fazer passar, mas de uma gaja que usou o bem-bom tantas quantas vezes lhe apeteceu, e que nunca foi usada, do estilo, "já acabaste?... Agora salta da cama, põe-te a andar, que eu tenho mais uns decretos para assinar...", e nem o nome perguntava ao garanhão de ocasião.
Para os apreciadores, cada passo seguro da Palin é um convite à lascívia, àqueles que adoram ajoelhar-se perante um boa bota feminina, e lambê-la, desde o salto até à bainha, e, se possível, por ali acima.
As consequências políticas disto são aparentemente secundárias, mas vou já puxá-las para a frente: todos aqueles que viveram, por procuração, o "frisson" do broche da Lewinsky ao Clintos são os mesmos que agora adorariam, no lusco-fusco da Casa Branca, ter a Presidenta Palin sentada em cima da secretária da Sala Oval, as pernas semi-abertas, naquele célebre ângulo de 60º, ideal para o acto, e mergulhar-lhe a língua no Poder Executivo, até ela soltar um gemido, em surdina, e dizer, "já chega, podes levantar-te, e fica a saber que és muito bom", com uma voz glacial, Alaskiana, que punha os ursos polares a fugir mal ela chegava.
Para os mais imaginativos, aquele par de botas -- um beijinho para a Anneli... -- vem, geralmente, acompanhado de um chicote e de um olhar firme. Todo o bom macho sabe que a quinta-essência da Virilidade é quando se submete à humilhação de uma fêmea de feromonas e olhar duro. Ela ordena, e o macho dominante verga-se, a cumprir uma ordem matriarcal, velha de Neanderthal, e do tempo em que o macaco comia a macaca, portanto, muito anterior ao "Crash" da Bolsa de 2008, e que continuará a sobreviver a todos os "crashes", enquanto houver gajos capazes de entesar e gajas com vontade de alinhar na brincadeira dura.
O monhé, entretanto, já percebeu que ninguém vê nele um objecto sexual, a não ser alguma desesperada de Vilares de Cotão lá da zona, e insiste em discursos sociais e merdunças afins, com o Sistema a despencar por todas as costuras, e o pessoal a pensar, "deixa-me dar esta foda, porque nada me garante que amanhã ainda tenha forças para a dar, e não seja a última..."
McCain, cheio de injecções, tornou-se num prodígio de maquilhagens: desce as tapeçarias dos aviões da campanha, e o par McCain/Palin cada vez mais cheira a "Dallas", num revivalismo Joan Collins, sempre sem idade. A mensagem subliminar é evidente: ela é a gaja boa, cheia de energia, e ele o cota, endinheirado, que irá pagar aquela merda toda, até lhe dar o badagaio e ela herdar tudo, neste caso a Presidência dos Estados Unidos.
Acho que ninguém vê isto, e estes breves parágrafos devem ter provocado mais ódio nos analistas do "Expresso da Meia-Noite" do que anos e anos de provocações baratas.
Eu sou mais de provocações caras, e quem não gosta que se sente ao lado.
Por cá, continuamos na chanchice do costume: o Sr. Aníbal, que nunca percebi se herdou, ou não herdou, a bomba do pai, e, se, no caso positivo, também anda a especular com o preço da gasolina, parece que continua a ordenhar vacas, e a recomendar-nos um mergulho no passado agrícola, e a inaugurar bandeiras de croché.
Pessoalmente, continuo a mandá-lo diariamente para a puta que o pariu, e espero que as Eleições Açorianos também o façam, com todas as letras e todos os votos.
Pela Europa, a coisa vai má, com o nazi Benedito XVI, Ratzinger a recomendar ler a Bíblia (!) para resolver a Crise: há-de ir longe. Quanto ao resto, ainda vai pior, e recordo as palavras de um Presidente Americano, que dizia que, em caso de urgência, não saberia a quem fazer o telefonema da Crise, se ao Presidente-Rei Francês, se ao Chanceler dos Mercedes-Benz, se ao "Prime" Britânico... Cá por mim, acho que piorámos: para telefonar ao Barroso, sempre é melhor que se fale primeiro com o Pinto da Costa, que é capaz de estar mais dentro da dinâmica da Crise...; falar ao Berlusconi... obviamente, só fica mal a quem o faz...; ouvir a voz de Coca do Sarkozy é o mesmo que telefonar ao defunto Yeltsin, quando estava cheio de Vodka...; o demente inglês começaria imediatamente a falar da Maddie e da inocência dos McCann, e a Merkl não percebe uma única palavra de Inglês, e consta que a metem sempre na cozinha, a fazer "scones", enquanto os mafiosos jogam a bisca suada, nas costas do Europeu estupefacto.
Por sorte, a eleição de Sarah Palin trará uma clarificação ao Sistema: quando chegar o Dia do Juízo, e o Ayatholah Amadhinejad, ou lá como é que se escreve, carregar no botão atómico, a Palin, de mini-saia, levantará o Telefone Vermelho da Casa Branca, e, do outro lado, logo responderá a voz maviosa da Bruni.
Será uma conversa entre putas, uma mais séria do que a outra, mas voltaremos, em pleno, à Europa da Cultura: suponho que desde os "Diálogos das Prostitutas", de Aretino, nunca a profundidade de uma troca de ideias terá subido tão alto, nem o Velho Mundo descido tão baixo.

1 commentaires:

Different disse...

cheira, cheira de facto a lascívia... quase que a consigo imaginar vestida de cabedal preto e chicote na mão a dominar uns vinte republicanos em tanga. É por isso que prefiro Obama. Pelo menos não o consigo imaginar em fatos de cabedal!

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