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quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Crises Financeiras e Máquinas do Tempo

Neste blogue praticam-se a Liberdade e o Direito de Expressão próprios das Sociedades Avançadas
Há dias em que o KAOS está mais inspirado, e este foi um deles. Curiosamente, a Crise Financeira, real ou premeditada, veio trazer a lume outra crise mais profunda, e de uma utilidade fantástica: a da profunda incompetência da "Classe" Política reagir, em tempo real, não a cenários pré-cozinhados, mas a calamidades realmente em campo.
De Sócrates, nada há a dizer: alguém lhe tinha prometido que, depois de assinar aquela porcaria que era o Tratado de Bilderberg, também conhecido por "Tratado de Lisboa", brevemente iria fazer companhia ao "Cherne", em Bruxelas. Se usarmos o princípio das afinidades dos filhos da puta, tinha razão, mas... num cenário anterior a Setembro de 2008.
Pena.
Manuela Ferreira Leite é um cadáver, que, penosamente, como o lixo de Nápoles, aguarda que a greve seja levantada, e venha um camião da Câmara recolher-lhe a fronha, pelo que julgo não ser necessário acrescentar mais nada.
O Partido de Portas, uninominal, traz-nos à memória a sua própria génese: não sou desse tempo, mas consta que, nos Idos de 75, alguém (o P.S.) telefonou a Freitas do Amaral, para ver se ele aceitava arrumar uma certa franja da Direita, debaixo de uma determinada denominação política. Freitas foi corajoso, e aceitou, numa altura em que essas coisas poderiam ter-lhe custado a vida. Desde então, o Partido nunca produziu qualquer Partido, mas tão-só figuras de estrelato, com tendência para se tornarem referências supra-partidárias.
Quanto ao Bloco de Esquerda, dizem as más-línguas que foi Guterres, com uma cartilha de instruções "remasterizada" da de Soares, que recebeu instruções para organizar as franjas da Esquerda, para estrangular o intratável Partido Comunista, pelas bandas da Mana Canhota.
Com o evoluir da Crise, os Portugueses sofreram uma espécie de regressão mental: de um dia para o outro, esqueceram o que foram 50 anos de afastamento da Realidade e um pavoroso processo de ensimesmamento que lhes custou o atraso em que estamos.
Não é por acaso que essa amnésia, em forma de avestruz colectiva, lhes deu para elegerem Salazar como "O Maior Português de Sempre" (!)
Não vou comentar isso, porque vivo noutro Mundo, um Mundo sem Fado, Futebol ou Fátima.
A parte mais curiosa do ressalto foi que o revivalismo salazarista trouxe agora, consigo, o revivalismo recíproco do Partido Comunista.
Nunca, como em 2008, para espanto de toda a gente, e meu, inclusivé, tudo aquilo recomeçou a parecer contemporâneo, o que deixa antever estranhos resultados, ao longo dos actos eleitorais que aí vêm.
Eu sou um mero observador, o KAOS, um brilhante criador: se há imagens que valem mais do que mil palavras, esta é uma delas, e, quanto ao resto, logo veremos.

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